O Paraná registrou o maior crescimento porcentual nas exportações de carne de peru entre janeiro e julho de 2025. O estado foi o único do país a aumentar o volume enviado ao exterior, com alta de 5,5%, enquanto o Brasil apresentou retração de 11% no período. Em receita cambial, a elevação foi ainda mais expressiva: 21,3%, contra apenas 2,5% de avanço no resultado nacional.
Segundo dados do Agrostat Brasil, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária, as empresas brasileiras exportaram 30.141 toneladas de carne de peru nos sete primeiros meses do ano, com receita de US$ 81,8 milhões. No mesmo intervalo de 2024, haviam sido embarcadas 33.851 toneladas, movimentando US$ 83,9 milhões. O desempenho paranaense se destacou nesse cenário de retração.
O estado enviou ao exterior 7.642 toneladas de carne de peru entre janeiro e julho, gerando US$ 21,7 milhões em divisas. No ano anterior, haviam sido exportadas 7.244 toneladas, com faturamento de US$ 17,9 milhões. O Paraná ocupa a terceira posição nacional em produção e exportação, mas consolidou-se como o único a registrar crescimento no comparativo anual.
Concorrentes reduziram volume de embarques
Santa Catarina, principal produtor brasileiro, reduziu suas exportações de 14.537 toneladas para 13.300, queda de 8,5%. Apesar disso, conseguiu aumentar em 8,9% a receita cambial, passando de US$ 35,5 milhões para US$ 38,6 milhões. Já o Rio Grande do Sul enfrentou retração mais acentuada, de 25,6% em volume e 31,4% em faturamento, caindo de 12.051 toneladas para 8.962 e de US$ 30,3 milhões para US$ 20,8 milhões.
O veterinário Roberto Carlos Andrade e Silva destacou no Boletim de Conjuntura Agropecuária do Deral que, embora o Brasil não seja um dos maiores produtores mundiais de peru, o setor desempenha papel importante no mercado interno e externo. Os números do Paraná reforçam essa relevância.
México é o principal comprador da carne de peru brasileira
Entre janeiro e julho, o México foi o maior destino da carne de peru do Brasil, com 4.529 toneladas adquiridas. Em seguida aparecem Chile (3.129 toneladas), África do Sul (2.734 toneladas), Países Baixos (2.062 toneladas) e Peru (2.039 toneladas). Os dados confirmam a diversificação da pauta exportadora, mesmo em um cenário de queda no volume total embarcado pelo país.
