O Brasil enfrenta desde segunda-feira (22) uma sequência de temporais com ventos fortes e chuvas intensas. Em Bragança Paulista (SP), rajadas chegaram a quase 100 km/h, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em Belo Horizonte (MG), foram registrados 95 km/h, enquanto municípios de Mato Grosso do Sul, como Dionísio Cerqueira e Água Clara, passaram dos 80 km/h.
O que você precisa saber
- Rajadas de vento chegaram a quase 100 km/h em Bragança Paulista;
- Belo Horizonte registrou 95 km/h e MS ultrapassou 80 km/h;
- Frente fria se afasta, mas temporais seguem em MG, GO e MT;
- Primavera traz contrastes de até 40°C e mínimas de 6°C no país;
- Chuvas influenciam avanço do plantio de soja, diz Conab.
De acordo com o meteorologista Artur Müller, do Canal Rural, os fenômenos são típicos da primavera. Ele explica que o choque térmico aliado à passagem de uma frente fria gera instabilidade, com ventos fortes, chuvas volumosas e queda de granizo. No Rio Grande do Sul e em partes do Sudeste, já foram registrados episódios intensos nas últimas semanas.
Apesar de a frente fria se deslocar para o oceano, ainda há risco de temporais com atividade elétrica e ventos acima de 70 km/h, especialmente no oeste de Minas, em Goiás, no Distrito Federal, em Mato Grosso e no sul do Tocantins. Para esta quarta-feira (24), a previsão é de chuvas persistentes em Rondônia, Mato Grosso e Goiás, com menor intensidade no interior paulista.
Primavera marca contrastes e afeta o plantio de soja
A primavera, por ser uma estação de transição, combina características do inverno e do verão. Recentemente, regiões do Brasil Central registraram calor de até 40 °C, enquanto cidades como Rio Brilhante (MS) tiveram mínimas de 6 °C. A variação climática reforça o potencial de instabilidade atmosférica no período.
As chuvas também influenciam diretamente a agricultura. Em Mato Grosso, a precipitação mais frequente no norte e noroeste tem favorecido áreas irrigadas, enquanto produtores de sequeiro aguardam maior regularidade para iniciar o plantio de soja. Dados da Conab apontam que Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná avançam à frente de 2024, mas ainda abaixo da média dos últimos cinco anos.