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O que é veranico? Entenda o fenômeno que traz o calor de volta

Fenômeno atípico deve ocorrer entre os dias 20 e 25 de agosto, com ar seco e sol forte elevando as temperaturas

Veranico
Veranico leva calor de 40°C ao Centro-Oeste e interior do Sudeste em pleno inverno (foto: Reprodução/Internet0

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O inverno de 2025 será marcado por mais um episódio de calor intenso e fora de época. Segundo a Climatempo, um novo veranico — fenômeno caracterizado por um período de tempo seco e quente durante o outono ou inverno — está previsto para ocorrer entre os dias 20 e 25 de agosto, afetando várias regiões do Brasil com temperaturas que podem chegar aos 40°C.

A causa do fenômeno está em um bloqueio atmosférico que se formará sobre o interior do país, associado a uma massa de ar seco. Esse sistema muda a direção dos ventos, que passam a soprar do norte e nordeste, trazendo ar mais quente. A presença de sol forte por várias horas seguidas potencializa o calor.

Onde o calor será mais intenso?

Segundo a Climatempo, os efeitos mais severos do veranico devem ser sentidos no: Centro-Oeste, temperaturas entre 38°C e 40°C são previstas para quase todo o Mato Grosso e áreas de Goiás. Sudeste, o interior de São Paulo e o norte e noroeste do Paraná devem registrar máximas entre 33°C e 35°C. Na capital fluminense, os termômetros passarão dos 30°C a partir da metade da semana. No Norte e Nordeste, Estados como Tocantins, Pará, Maranhão, Piauí e Bahia terão temperaturas elevadas, como é comum nesta época do ano, mas o veranico reforçará a sensação de calor.

Especialista explica o fenômeno

De acordo com o meteorologista Willians Bini, o veranico é um fenômeno que ocorre quando há um período de estabilidade atmosférica em pleno inverno, resultando em tempo seco e temperaturas muito acima da média. “No Brasil, é comum que o veranico esteja relacionado à atuação de sistemas de alta pressão, que estabilizam a atmosfera, inibem o desenvolvimento de nuvens convectivas e bloqueiam a passagem de sistemas frontais, responsáveis por precipitações e queda de temperatura”, explicou ao Globo Rural.

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