O suinocultor paulista registrou em setembro o melhor poder de compra de farelo de soja em mais de 20 anos. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas (SP), foi possível adquirir 5,57 quilos do derivado da soja.
É a maior relação de troca desde dezembro de 2004, quando o indicador atingiu 6,49 quilos. O resultado representa um poder de compra 54% acima da média histórica do Cepea, iniciada em janeiro de 2024, de 3,62 quilos. O cenário é impulsionado pela combinação de preços mais firmes do suíno vivo e a desvalorização do farelo. Em setembro, o quilo do animal atingiu R$ 9,25, o maior valor de 2025 até agora.
Queda do farelo de soja favorece produtores
Os levantamentos do Cepea mostram que a tonelada de farelo de soja negociada em Campinas registrou média de R$ 1.660,53 em setembro. O valor representa queda de 21,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa retração, aliada à valorização da proteína animal, resultou na melhor condição de troca para o suinocultor em duas décadas. O avanço traz alívio para o setor, já que a alimentação representa a maior parte dos custos de produção. O movimento reforça a importância da oscilação nos insumos agrícolas sobre a rentabilidade da suinocultura paulista.