A produção de camarão no Brasil atingiu um recorde em 2024, totalizando 146,8 mil toneladas, segundo dados da Associação Nacional dos Criadores de Camarão (ANCC). O volume representa aumento de 15% em relação ao ano anterior e garantiu faturamento de R$ 3,1 bilhões ao setor. Apesar do avanço, o preço médio do quilo caiu de R$ 27,63 para R$ 22,18, reflexo do crescimento da oferta no mercado.
De acordo com o presidente da ANCC, Orígenes Monte, o ganho de produtividade foi essencial para compensar a pressão nos preços. O dirigente destacou ainda os desafios do setor, como a alta dos custos de insumos e logística, além do chamado “tarifaço”. A concorrência de outras proteínas do mar, que deixaram de ser exportadas e passaram a abastecer o mercado interno, também pressiona a rentabilidade.
Ceará e Rio Grande do Norte lideram produção nacional
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ceará concentrou 57% da produção nacional de camarão em 2024, mantendo a liderança no setor. O Rio Grande do Norte, segundo maior produtor, alcançou 31,6 milhões de quilos e faturou R$ 701 milhões, o equivalente a 21,5% do total brasileiro.
A cadeia da carcinicultura segue como uma das mais relevantes para a economia do Nordeste, com forte geração de emprego e renda. No entanto, o setor depende de medidas que reduzam custos e ampliem a competitividade para sustentar o crescimento em meio ao cenário de preços mais baixos.
