MERCADO INTERNO

Preços de frango e suíno devem se manter estáveis até o fim do ano

Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, demanda interna e possível retomada de exportações sustentam otimismo no setor

ABPA prevê estabilidade nos preços do frango
ABPA prevê estabilidade nos preços do frango e da carne suína até o final de 2025 (foto: Reprodução/Internet)

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Apesar dos impactos causados pela gripe aviária nas exportações brasileiras de frango, os preços do frango e da carne suína devem seguir firmes no mercado doméstico até o final de 2025. A projeção foi feita por Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (20/8).

Segundo o dirigente, os efeitos negativos da gripe aviária foram contidos e, no mercado interno, não houve impacto significativo nos preços praticados até agora. A tendência é de manutenção ou até elevação nos valores nos próximos meses. “Para esse ano, continuamos sem nenhum efeito do mercado externo para os preços do mercado interno, e no fim do ano temos o efeito da sazonalidade que traz aumento na demanda interna”, explicou Santin.

A China e o Chile, dois dos principais destinos da proteína animal brasileira, ainda mantêm embargos temporários por conta dos surtos de gripe aviária registrados em granjas comerciais no Brasil. Entretanto, a situação sanitária já está sob controle, o que abre caminho para uma possível retomada dessas vendas. “(Quando vier) a retomada do Chile e Europa, já acena para termos receita cambial positiva, independente da China”, pontuou Santin.

A perda do mercado dos Estados Unidos para os ovos brasileiros, provocada pelo tarifaço, pode ser compensada pela abertura de novos destinos. Segundo ele, a retirada do ovo brasileiro dos EUA pode elevar os preços no mercado americano, o que poderia levar à retomada das compras ou a uma revisão da tarifa aplicada.

“Estão (o governo brasileiro) trabalhando pela inclusão do ovo na lista de exceções (produtos isentos da tarifa), por uma questão de diminuição de oferta lá. Tem também uma questão de sazonalidade, que aumenta o consumo lá nesse período”, declarou. O presidente da ABPA observou que a demanda doméstica segue firme, com preços e custos estáveis, garantindo boa oferta ao consumidor.

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