Contrariando a tendência histórica de recuo no fim do mês, os preços do suíno vivo seguem em alta na maioria das regiões monitoradas pelo Cepea. A valorização observada nesta semana é sustentada por dois fatores principais: forte demanda por novos lotes de suínos e oferta limitada de animais no peso ideal para abate. O cenário aquece também o mercado da carne, com cotações em elevação.
O que você precisa saber
- Preço do suíno vivo sobe e acumula alta de até 18,86% em agosto;
- Paraná lidera cotações com R$ 8,95/kg, segundo o Cepea/Esalq;
- Oferta enxuta e demanda aquecida sustentam valorização no mercado;
- Carcaça suína especial atinge R$ 13,65/kg no atacado paulista;
- Exportações da carne suína crescem em relação a julho.
Nesta quarta-feira (27), o indicador Cepea/Esalq apontou o valor de R$ 8,95 por quilo do suíno vivo no Paraná, com avanço diário de 0,22% e elevação de 18,86% no acumulado de agosto. Em Santa Catarina, a cotação média alcançou R$ 8,72/kg, representando altas de 0,35% no dia e de 16,27% no mês. Os dados reforçam a recuperação do setor em meio a um período que costuma registrar retração nos preços.
No mercado da carne, o ritmo de negócios também apresenta aceleração. O Cepea indica que a carcaça suína especial foi negociada a R$ 13,65/kg no atacado da Grande São Paulo. Desde o início do mês, o aumento acumulado é de 17,47%. Segundo os pesquisadores do centro de estudos, a demanda interna está fortalecida, contribuindo para manter o cenário de firmeza nos preços.
Exportações de carne suína avançam em agosto
Além do consumo doméstico, os embarques internacionais de carne suína também registram melhora. Dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que, em agosto, o volume exportado é superior ao de julho. O movimento externo contribui para enxugar a oferta interna e sustentar os preços em alta tanto no campo quanto no varejo.