Os alimentos tradicionais da ceia de Natal ficaram, em média, 4,53% mais caros em 2025, segundo levantamento do IPC-Fipe divulgado nesta semana. O índice, apesar da alta, representa a menor variação da cesta natalina desde 2019, quando a inflação foi de 3,19%. No ano anterior, em 2024, o aumento havia sido de 9,16%. O valor médio da cesta neste fim de ano ficou em R$ 453,06 no Brasil.
A pesquisa da Fipe compara os preços da segunda quadrissemana de novembro com os da mesma fase de dezembro. Quase todos os 15 produtos analisados ficaram mais caros, com destaque para o peru e o chester, que registraram aumento de quase 14%. Azeitonas e bombons também pesaram no bolso, com altas de 12,53% e 10,18%, respectivamente. O filé mignon subiu 9,70%.
Por outro lado, alguns itens apresentaram queda, como o azeite de oliva, que teve redução expressiva de 23,06%, contribuindo para amenizar a inflação da ceia. Frutas e sobremesas também ficaram mais baratas: o pêssego teve recuo de 6,85%, e o sorvete caiu 6,99%. A surpresa ficou por conta do azeite extravirgem, que voltou a registrar queda após anos seguidos de aumento.
O coordenador do IPC-Fipe, Guilherme Moreira, destaca que itens como peru, pernil, lombo e chester costumam ter alta próxima ao Natal. “O estudo reforça a importância do planejamento antecipado para economizar nas festas de fim de ano”, afirmou. Os dados mostram que, mesmo com desaceleração, a ceia continua exigindo atenção do consumidor.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal, peru e chester são aves criadas especialmente para o fim do ano. A produção de peru é voltada principalmente à exportação, enquanto o chester, nome comercial de uma linhagem desenvolvida no Brasil, é produzido exclusivamente para atender à demanda do Natal no país.


