O governo da Argentina confirmou um novo caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves comerciais. O surto foi registrado em uma granja de produção de ovos na cidade de Los Toldos, localizada na província de Buenos Aires. A informação foi divulgada pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), que adotou medidas de contenção sanitária imediatas.
Segundo o órgão, a direção da granja notificou a ocorrência após observar sinais clínicos compatíveis com a gripe aviária nas aves. As amostras coletadas foram enviadas para análise no serviço oficial do país, que confirmou a presença do vírus H5N na terça-feira (19). A propriedade foi interditada e passou a seguir os protocolos sanitários estabelecidos pela autoridade argentina.
Na região afetada, foi criada uma Zona de Controle Sanitário, com medidas rígidas em duas áreas. A primeira, perifocal, abrange um raio de 3 quilômetros ao redor do foco. Ali, estão sendo aplicadas ações de contenção, biosseguridade e restrição de movimentação de animais e pessoas. Já a segunda zona, de vigilância, cobre um raio de 7 quilômetros e concentra atividades de rastreamento epidemiológico.
Argentina suspende exportações para países com acordo sanitário
Entre as ações realizadas pelo corpo técnico do Senasa estão a depopulação da granja — com o abate de todas as aves — e a deposição final dos animais, além de limpeza e desinfecção completa dos galpões. A área não faz parte de uma zona de produção avícola de relevância econômica, segundo o próprio órgão.
Como medida preventiva, o país decidiu suspender temporariamente as exportações de produtos avícolas destinados aos países com os quais mantém acordo sanitário que exige status de país livre da IAAP. A decisão foi anunciada logo após a confirmação do foco na província de Buenos Aires.
Em nota oficial, o Senasa afirmou que manterá as exportações para nações com as quais assinou protocolos específicos de zonificação e compartimentos livres da doença. A entidade destacou ainda que, se não forem registrados novos casos nas próximas quatro semanas e após a finalização das ações sanitárias, solicitará à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) a retomada do status sanitário anterior.