ALERTA

Espanha confirma casos de peste suína africana e suspende exportações

OMSA foi notificada em 26 de novembro após detecção da doença em javalis na Catalunha

Leitões em baias de criação sobre piso gradeado laranja olhando em direção à câmera
Exportações de carne suína espanhola foram suspensas após notificação (foto: Reprodução/Internet)

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A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) confirmou nesta semana a ocorrência de peste suína africana (PSA) em javalis na província de Barcelona, na região da Catalunha, na Espanha. Os primeiros casos surgiram na última semana de novembro e a notificação oficial foi feita no dia 26. Com a confirmação, as exportações de carne suína produzida no país foram suspensas, e o setor projeta perdas superiores a 3 bilhões de euros.

A peste suína africana é uma doença viral que atinge suínos domésticos, asselvajados e javalis. Embora não ofereça risco à saúde humana, por não se tratar de uma zoonose, a enfermidade é de notificação obrigatória por seu elevado potencial de disseminação e pelos impactos severos que pode gerar na cadeia de produção suinícola.

A presença de carrapatos do gênero Ornithodoros, que atuam como vetores naturais do vírus, dificulta ainda mais o controle da doença em ambientes silvestres. O vírus é altamente resistente no ambiente e pode permanecer ativo por longos períodos em roupas, calçados, veículos, materiais e produtos suínos que não passam por tratamento térmico adequado.

As principais formas de introdução da PSA em áreas livres envolvem o contato de animais suscetíveis com objetos contaminados ou a ingestão de produtos suínos infectados. A disseminação da doença em território europeu tem preocupado autoridades sanitárias e impactado diretamente as atividades de exportação de carne suína, especialmente em países com grande volume de produção, como a Espanha.

No Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reforçou que o país permanece oficialmente livre da peste suína africana desde 1984, condição mantida até o momento. O órgão destacou que a preservação do status sanitário depende do cumprimento rigoroso das normas em vigor, especialmente no controle da entrada de pessoas, produtos e materiais provenientes de regiões com focos da doença.

A introdução da PSA no território brasileiro acarretaria consequências significativas para a cadeia suinícola, razão pela qual o país mantém vigilância constante e protocolos atualizados de prevenção. A suinocultura brasileira é uma das principais exportadoras mundiais e a manutenção do status sanitário é considerada estratégica para o setor.

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