A chegada das festas de fim de ano tem impulsionado a procura por carne ovina no Rio Grande do Sul, aquecendo o mercado de abate e ampliando a comercialização de lã e animais. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, a menor oferta de animais aumentou os preços em algumas regiões. Os produtores preparam lotes para as feiras e exposições da primavera, enquanto a temporada de tosquia continua em andamento.
Os rebanhos ovinos apresentam bom escore corporal e condições sanitárias adequadas em grande parte do estado. Entre os principais manejos no período estão o controle de verminoses e a tosquia dos animais adultos. Nas regiões onde a tosquia está em fase final, como em São Gabriel, os produtores relatam facilidade na venda da lã, mesmo com preços ainda modestos.
Na região de Bagé, os trabalhos de tosquia estão próximos do encerramento. Em Passo Fundo, a boa disponibilidade de alimentos e o clima ameno favoreceram o bem-estar dos rebanhos. No entanto, a lã bruta segue com baixa valorização, com média de R$ 2 por quilo, e poucos compradores ativos no mercado, enquanto a demanda por carne segue em alta.
Na região norte, em Soledade, os rebanhos seguem sendo manejados em campos nativos com boa oferta de volumoso. Os produtores continuam com a seleção de matrizes, desmames e aquisição de carneiros, com foco na renovação genética dos plantéis. O cenário é semelhante em outras localidades, com manutenção dos manejos e preparação para eventos agropecuários.
Em Pelotas, na região sul do estado, o controle de piolhos foi realizado em algumas propriedades após a tosquia. Apesar das ações, houve registros de dificuldade para eliminar os ectoparasitas, exigindo reforço no manejo sanitário. A expectativa é de que o aquecimento do mercado de carne ovina siga nos próximos meses, impulsionado pela sazonalidade e pela valorização do consumo em datas festivas.


