Um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) voltou ao seu habitat natural na manhã desta segunda-feira (18), após passar por reabilitação em São Paulo. O animal, um macho adulto, havia sido resgatado no dia 30 de junho pela Polícia Ambiental de Itapetininga, depois de ser atropelado em uma rodovia da região. A soltura foi realizada em uma área de mata no município de Angatuba, na região de Itapeva.
Encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras) de Registro, o tamanduá chegou com lesões em uma das patas dianteiras e em um dos membros traseiros, além de apresentar estado de apatia. Ele foi submetido a exames e sedação, recebeu tratamento medicamentoso e permaneceu em espaço controlado para limitar os movimentos e favorecer a recuperação.
Segundo o biólogo Cleber Coelho Machado, da equipe do Cetras-Registro, o animal apresentou melhora gradual. “Esse animal apresentou muita apatia ao chegar ao centro e demandou cuidados intensivos, incluindo medicação e repouso prolongado. A evolução foi positiva e, após o período de reabilitação, ele demonstrou condições físicas adequadas para retornar à natureza”, explicou.
A reintegração do tamanduá-bandeira ao ambiente natural foi feita com acompanhamento da Polícia Ambiental e de técnicos do centro. O local escolhido foi uma área de mata em Angatuba, considerada compatível com as características da espécie. A soltura respeitou protocolos de segurança e bem-estar animal.
Espécie símbolo do Cerrado, o tamanduá-bandeira também está presente na Mata Atlântica, no Pantanal e em regiões abertas da Amazônia. Solitário e de hábitos terrestres, alimenta-se principalmente de formigas e cupins, capturados com sua longa língua viscosa. É um animal vulnerável a ameaças como atropelamentos, perda de habitat e caça ilegal.