Uma ovelha de cerca de três anos surpreendeu ao dar à luz cinco filhotes em Reserva do Iguaçu, no oeste do Paraná. O parto, considerado raro por especialistas, aconteceu em agosto e resultou no nascimento de três fêmeas e dois machos. Segundo o professor de veterinária e zootecnista Luiz Gonzaga, casos de quíntuplos em ovinos não são comuns e podem estar ligados a fatores genéticos, nutricionais e de bem-estar animal.
A agricultora Tanize Almeida, dona da ovelha Ernestina, comemorou a chegada dos novos integrantes do rebanho e decidiu nomeá-los em homenagem à Turma da Mônica. Os quatro primeiros receberam os nomes de Mônica, Magali, Cascão e Cebolinha. Já o quinto filhote foi batizado de Denise, a pedido da sobrinha de Tanize, em referência à personagem dos gibis.
Magali, a última a nascer, ficou menor que os irmãos por não ser alimentada diretamente pela mãe. Ela recebe mamadeira cinco vezes ao dia, enquanto os demais são amamentados de forma natural. A família complementa a alimentação com ração à base de quirera e aveia granulada para garantir o desenvolvimento dos animais.
Genética pode explicar caso de quíntuplos
De acordo com Luiz Gonzaga, quando a ovelha tem mais filhotes do que consegue amamentar, é necessário apoio humano na alimentação para reduzir o risco de mortalidade. Ele destaca que partos múltiplos podem ser estimulados por técnicas de reprodução, além de fatores como nutrição e boas condições de manejo.
No caso de Ernestina, a hipótese principal é a herança genética. Quando foi adquirida pela família, a ovelha chegou acompanhada de um irmão gêmeo, indício de predisposição para partos com mais de um filhote. O nascimento dos quíntuplos reforça essa característica e chama atenção para a importância da genética na reprodução de ovinos.