COMÉRCIO EXTERIOR

Soja brasileira atrai China após queda de preços e supera oferta dos EUA

Importadores chineses reservaram 20 cargas da soja brasileira após produto do país se tornar mais barato que o grão dos EUA

Soja na máquina
China aumenta compras de soja brasileira após recuo nos preços (foto: Reprodução/Internet)

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Importadores chineses voltaram a aumentar significativamente as compras de soja brasileira nos últimos dias, impulsionados pela queda nos preços da commodity sul-americana após o recente acordo comercial entre Estados Unidos e China. Segundo operadores ouvidos pela agência Reuters, compradores da China reservaram 20 cargas do grão brasileiro para embarque entre dezembro deste ano e julho de 2025.

O novo movimento de mercado inverte a tendência registrada nas últimas semanas, quando a soja brasileira vinha sendo negociada a preços superiores aos grãos americanos, pressionada pelas tarifas impostas pela China à produção dos EUA. Agora, com o recuo nas cotações sul-americanas, o produto brasileiro passou a ser mais competitivo.

Soja brasileira supera preços oferecidos pelo Golfo dos EUA

A soja brasileira com embarque previsto para dezembro está sendo comercializada com prêmio entre US$ 2,25 e US$ 2,30 por bushel sobre o contrato de janeiro da Bolsa de Chicago. Em comparação, a soja dos Estados Unidos, exportada via Golfo, está sendo ofertada a US$ 2,40 por bushel. A diferença, embora estreita, tem sido suficiente para redirecionar parte da demanda chinesa para o mercado brasileiro.

“O Brasil agora está mais barato que o Golfo dos EUA, e os compradores estão aproveitando a oportunidade para reservar cargas”, disse à Reuters um operador de uma multinacional que administra fábricas de processamento de oleaginosas na China. Segundo ele, o aumento da procura começou na semana passada.

Cargas reservadas incluem embarques até julho de 2025

Do total reservado pelos compradores chineses, dez cargas têm embarque previsto ainda em dezembro. As outras dez estão programadas para o período entre março e julho do próximo ano. A movimentação reforça a competitividade da soja brasileira no mercado internacional e consolida a posição do país como principal fornecedor global do grão.

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