A Seara Alimentos, subsidiária da JBS, iniciou uma nova emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), no valor inicial de R$ 3 bilhões. Estruturada pela Eco Securitizadora, a operação poderá ter um lote adicional de até 25%. A captação é lastreada em cinco Cédulas de Produto Rural Financeiras (CPR-Financeiras), com garantia fidejussória da JBS S.A. e da JBS N.V.
De acordo com o prospecto da oferta, os recursos arrecadados com a emissão serão destinados integralmente à Seara para a compra de insumos agropecuários, com foco na aquisição de milho. Os certificados serão emitidos em cinco séries, com valor unitário de R$ 1 mil, e serão negociados no mercado de balcão da B3, sem a contratação de formador de mercado.
Prazos, rentabilidade e negociação
As cinco séries do CRA apresentam vencimentos entre sete e 13 anos, com remunerações anuais variando de 5,30% a 8%, conforme as características de cada tranche. A 1ª série prevê pagamento semestral de juros. Já a 3ª série tem carência de 192 meses, com amortização em cinco parcelas anuais. As demais séries terão quitação integral no vencimento, com rendimentos pagos a cada semestre.
A oferta é voltada exclusivamente a investidores qualificados e profissionais. A revenda dos papéis ao público geral será permitida apenas seis meses após o encerramento da oferta, respeitando os prazos regulamentares. O investimento mínimo é de R$ 1 mil por certificado.
Calendário da oferta e classificação de risco
O cronograma prevê o período de reservas entre 6 e 30 de outubro. A fixação dos preços será realizada em 31 de outubro, com divulgação do rateio em 3 de novembro. A liquidação está agendada para 5 de novembro, quando os investidores terão a confirmação da compra e os títulos estarão disponíveis para negociação no balcão.
A Moody’s atribuiu nota preliminar “AAA.br(sf)” aos certificados em 29 de setembro, indicando o grau máximo de qualidade de crédito segundo a escala nacional. O rating reflete o perfil da operação e o suporte das garantias da JBS. A oferta será coordenada por XP Investimentos, Itaú BBA, Bradesco BBI, BTG Pactual, BB-BI, Daycoval, Banco Safra e Genial, sob o regime de melhores esforços.
