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Safra menor no Brasil deve ampliar importação de trigo da Argentina em 2025/26

Segundo a CJ International, Argentina deve dominar mercado brasileiro com safra robusta e preços competitivos

Trigo
Brasil terá maior necessidade de importar trigo na safra 2025/26 (foto: Reprodução/Internet)

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O Brasil deverá aumentar a importação de trigo na safra 2025/26, impulsionado pela menor produção local e pela demanda interna aquecida. A avaliação é de Douglas Araújo, líder de negócios de trigo da CJ International Brasil, durante o 10º Encontro da Cadeia Produtiva do Trigo de São Paulo nesta sexta-feira (26).

Segundo ele, a Argentina deve ocupar a maior parte desse espaço, com expectativa de colheita robusta e preços competitivos. “A Argentina, no relatório do USDA, está em 19,5 milhões de toneladas. Lá na Argentina já se fala acima de 20 milhões. E é muito provável até que a gente tenha revisões para cima desses números”, destacou.

Araújo avalia que, diante da abundância argentina, outros exportadores perdem espaço no Brasil. “Uruguai, Paraguai e Argentina: desses três, apenas a Argentina está com uma safra muito grande. O Paraguai está andando de lado e o Uruguai vai ter uma safra menor. Uruguai foi um ‘queridinho’ nas últimas duas safras, mas perto da Argentina esse ano não sei se vai ter muitos passos”, relatou.

Argentina se mantém mais competitiva

Na comparação de preços, o trigo argentino chega ao mercado paulista por cerca de US$ 215 por tonelada. O produto russo é cotado a US$ 242, enquanto o americano custa em torno de US$ 231. Entre os países do Mercosul, apenas a Argentina terá safra expressiva. O Uruguai, que se destacou em anos anteriores, deve ter produção menor, enquanto o Paraguai segue estável.

Apesar da tendência de baixa nos preços, o Brasil segue como mercado atrativo. “Quando a gente compara os preços do interior do Brasil de trigo com os níveis internacionais e divide isso pela taxa do dólar, a gente chega à conclusão de que o mercado doméstico paga um prêmio para esse produto”, pontuou.

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