O preço da soja voltou a cair no Brasil nesta quinta-feira (18), pressionado pela nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2025/26. Segundo a consultoria AgRural, das 38 regiões monitoradas, 23 registraram recuos, quatro tiveram alta e as demais permaneceram estáveis. O movimento também refletiu no mercado internacional, com retração nas cotações da bolsa de Chicago.
A Conab prevê que a produção de soja brasileira alcance 177,6 milhões de toneladas no próximo ciclo. Se confirmado, o volume representará aumento de 3,6% em relação às 171,47 milhões de toneladas colhidas na safra 2024/25. A expectativa de maior oferta reforça a pressão sobre os preços da oleaginosa no mercado interno e externo.
Na bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja para novembro encerraram o dia em queda de 0,60%, cotados a US$ 10,3750 por bushel. Analistas destacam que previsões cada vez mais otimistas para a produção global têm contribuído para reduzir o valor da commodity.
Regiões produtoras registram cotações menores
De acordo com levantamento da AgRural, a saca de soja foi cotada a R$ 125 em Luís Eduardo Magalhães (BA), R$ 127,50 em Rio Verde (GO), R$ 120 em Balsas (MA), R$ 129 no Triângulo Mineiro e R$ 124 em Dourados (MS). Nos portos, os preços ficaram em R$ 138 em Santos (SP) e R$ 140 em Rio Grande (RS).
Os números reforçam a tendência de retração no mercado da soja diante da expectativa de safra recorde no Brasil e de maior disponibilidade global do grão.


