O Paraná reafirmou sua liderança nacional na produção de camomila em 2024. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o Estado colheu 1,1 mil toneladas da planta medicinal, cultivada em 2,3 mil hectares, com uma movimentação de R$ 15 milhões. A atividade é marcada pelo forte protagonismo da agricultura familiar e representa um importante pilar econômico local.
A produção está concentrada em 16 municípios, com destaque para Mandirituba, São José dos Pinhais e Contenda, na região metropolitana de Curitiba, que juntos respondem por mais de 70% da produção estadual. O cultivo é realizado majoritariamente por pequenos produtores, que mantêm a cultura viva há décadas.
Colheita de 2025 já foi finalizada
Embora o volume da safra 2025 ainda não tenha sido divulgado, o governo do Estado confirmou que a colheita, transporte e secagem da nova safra já foram concluídos. A comercialização da camomila ocorre de forma contínua ao longo do ano, conforme a demanda das indústrias e do mercado de exportação, que consome parte da produção paranaense.
Em 2017, o Paraná já havia sido responsável por 79,5% da produção brasileira de camomila, consolidando sua posição no cenário nacional. Mesmo com escala inferior a outras cadeias do agronegócio, o cultivo da planta medicinal é considerado estratégico para o desenvolvimento regional, com alto potencial de geração de renda e valor agregado.
Comercialização enfrenta entraves
Apesar do desempenho positivo, o Deral aponta gargalos na cadeia produtiva, especialmente na etapa de comercialização. A falta de estruturas próprias de beneficiamento obriga os agricultores a recorrerem a intermediários, que absorvem parte significativa dos lucros, comprometendo a rentabilidade da atividade.
Para o governo paranaense, a camomila se destaca como uma “potência econômica local”, com importância crescente dentro da diversificação agrícola regional. A expectativa é que, com mais investimentos em processamento e acesso direto ao mercado, a cultura possa ampliar ainda mais sua relevância no agronegócio do Estado.


