O Paraná alcançou a liderança nacional na produção de mel em 2024. Segundo levantamento do IBGE divulgado no boletim do Departamento de Economia Rural (Deral), o estado produziu 9,8 mil toneladas, crescimento de 16% em relação a 2023. Com esse resultado, a participação paranaense chegou a 14,6% da produção nacional, que totalizou 67,3 mil toneladas no ano, recorde desde o início da série histórica em 2016.
Na comparação entre estados, o Piauí ficou em segundo lugar com 12,6% da produção, seguido por Rio Grande do Sul (12%), Minas Gerais (10,9%), São Paulo (10%) e Ceará (9%). Entre os municípios, Arapoti foi o segundo maior produtor de mel do Brasil, com 1,12 mil toneladas, enquanto Ortigueira aparece na quinta colocação, com 805 toneladas.
Soja e trigo em cenário de retração
O boletim do Deral também destacou a queda de 11% nas exportações de soja do Paraná entre janeiro e agosto de 2025, com 11,15 milhões de toneladas embarcadas. O recuo é explicado pela redução nas compras da China, principal destino do grão. No cenário nacional, houve crescimento de 3% nas exportações.
Para o trigo, a conjuntura segue desfavorável. O preço da saca caiu para R$ 65 em setembro, abaixo do custo variável estimado em R$ 74,64. O cenário levou a uma retração de 25% na área cultivada, reduzida para 825 mil hectares. Até setembro, mais de 53% da área havia sido colhida, com produção já superior a um milhão de toneladas.
Floricultura e gramados
Além do mel, soja e trigo, o boletim destacou a importância da produção de gramados e plantas ornamentais, que movimentaram R$ 164,7 milhões em Valor Bruto da Produção (VBP). A região de Maringá lidera o cultivo de gramas, com 28,3% da produção estadual, seguida por Curitiba (24,5%), Londrina (16,1%) e Cascavel (14%). O município de Marialva concentra a maior área de produção, com 3,7 milhões de metros quadrados.


