CRESCIMENTO

Fortgreen vai investir R$ 200 milhões no Brasil e projeta faturar R$ 1 bilhão até 2026

Empresa de nutrição vegetal, parte do grupo irlandês Origin Enterprises, ampliará centros de distribuição e aposta em logística para acelerar crescimento

Fortgreen
A Fortgreen investirá R$ 200 milhões até 2030 em infraestrutura, pesquisa e expansão (foto: Reprodução/Internet)

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A Fortgreen, empresa brasileira de tecnologias para nutrição vegetal e subsidiária da irlandesa Origin Enterprises, anunciou um plano de investimento de R$ 200 milhões até 2030. O montante será destinado à infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento (P&D), aquisição de terrenos e ampliação logística.

O projeto acompanha a meta de alcançar R$ 1 bilhão em receita no exercício fiscal de 2026 — crescimento em relação aos R$ 805 milhões registrados em 2024, o que já representou alta de 12% sobre o ano anterior. De acordo com Declan Giblin, diretor-executivo da Origin Enterprises para a América Latina, a Fortgreen segue fortalecendo suas operações no país.
“Estamos continuando a investir em nossas unidades de Paiçandu (PR) e Varginha (MG) para ampliar a capacidade produtiva e aprimorar as condições de saúde e segurança”, afirmou.

Atualmente, a empresa conta com quatro centros de distribuição — localizados na Bahia, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso — e inaugurou recentemente mais dois. A expectativa é chegar a oito unidades até 2027, com destaque para um novo centro em Goiás, previsto para julho de 2026.

Mesmo assim, o executivo destaca que o Brasil ainda tem espaço para crescer em infraestrutura logística.
“Temos 25 pontos de distribuição no Reino Unido, que é significativamente menor que o Brasil. Precisamos estar mais próximos dos nossos revendedores e produtores aqui”, disse Giblin ao Globo Rural.

Brasil como pilar estratégico

O país representa entre 15% e 18% da lucratividade global da Origin Enterprises. Além do mercado interno, a Fortgreen exporta soluções de nutrição vegetal para Romênia, Polônia, Reino Unido, Colômbia e Paraguai. “O Brasil é a potência da produção de alimentos no mundo. Se você quer estar envolvido com agricultura, precisa estar aqui”, afirmou Giblin.

A construção de uma nova planta industrial no Centro-Oeste, cogitada em 2022, foi adiada. Segundo o executivo, os investimentos atuais devem ser suficientes para sustentar a expansão até R$ 1,3 bilhão de receita. Mesmo assim, ele não descarta futuros projetos — especialmente se surgirem oportunidades no Espírito Santo.

Logística como diferencial competitivo

Para Leonardo Régis Pereira, CEO da Fortgreen, a logística será o grande diferencial da companhia no mercado brasileiro.
“Se você reduz o tempo de entrega, se entrega mais rápido e tem o produto disponível, é melhor”, destacou. “Em algumas regiões não temos boas estradas, e há muita burocracia para abrir novos centros. Às vezes, depende da legislação local, que é muito lenta”.

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