O agronegócio de Minas Gerais alcançou um novo patamar em 2025. De acordo com dados divulgados nesta semana, o estado registrou exportações de US$ 11,4 bilhões no acumulado de janeiro a julho, representando um crescimento de 17% em comparação com o mesmo período de 2024.
Mesmo com uma redução de 8,4% no volume embarcado — que somou 10,2 milhões de toneladas — a valorização média dos produtos garantiu um desempenho positivo. Com esse resultado, Minas Gerais se consolida como o terceiro maior exportador do agronegócio brasileiro, respondendo por 12% da receita nacional.
Destino global
Minas Gerais exportou mais de 580 produtos agropecuários para 171 países. Os principais destinos foram: China (25,5% do total exportado); Estados Unidos (11,6%); Alemanha (8%); Itália (5,2%); Japão (4,7%). Segundo Manoela Teixeira, assessora técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o bom desempenho é reflexo da alta nos preços internacionais, que compensou a queda em volume:
“Esse desempenho ganha ainda mais relevância diante de um cenário internacional adverso, marcado pela imposição de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos, pela volatilidade cambial e por ajustes nos fluxos logísticos globais, que têm pressionado custos e exigido maior resiliência dos exportadores”, avaliou.
Efeitos das tarifas dos EUA
Mesmo com a implementação de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos, não foram observados impactos relevantes até o momento nas exportações de Minas Gerais para o mercado americano. O Estado permanece como segundo maior exportador de produtos agropecuários para os EUA, com um recorde de US$ 1,3 bilhão em vendas no período. Os destaques são: café, carne bovina, derivados animais, álcool, celulose e produtos alimentícios diversos.
Segundo Manoela, os efeitos das tarifas deverão aparecer de forma gradual e variar conforme o tipo de produto exportado. “Minas Gerais permanece como o segundo maior estado exportador de produtos agropecuários para o mercado norte-americano, sustentando o maior valor já registrado de US$ 1,3 bilhão, com destaque para café, carne bovina, derivados animais, álcool, celulose e produtos alimentícios diversos. A expectativa é de que os efeitos se manifestem de forma diferenciada entre produtos, devendo ser mitigados pela diversificação dos mercados compradores”, explicou.