SURTO

Espanha registra primeiros casos de peste suína africana desde 1994

Doença foi confirmada em javalis mortos na província de Barcelona

Porco em área de criação ao ar livre caminhando na lama com outros suínos ao fundo em propriedade rural
Espanha confirmou dois casos de peste suína africana em javalis (foto: Reprodução/Internet)

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O Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação da Espanha confirmou dois casos de peste suína africana (PSA) em javalis selvagens na província de Barcelona. Os animais foram encontrados mortos em Bellaterra, na quarta-feira (16), e testaram positivo para a doença viral. Trata-se dos primeiros registros confirmados da PSA no país desde novembro de 1994, segundo autoridades espanholas.

Após a detecção, os serviços veterinários oficiais notificaram imediatamente a ocorrência à União Europeia e à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A PSA afeta apenas suínos, tanto domésticos quanto selvagens, e não representa risco à saúde humana por não ser considerada uma zoonose. Ainda assim, o surto exige resposta rápida para conter a disseminação do vírus.

Classificada pela União Europeia como uma doença de categoria A, a PSA obriga os países afetados a adotarem medidas imediatas de controle e erradicação. Em resposta ao surto, o governo espanhol convocou o Comitê da Rede de Alerta Sanitária Veterinária, reunindo representantes das comunidades autônomas e do setor de suinocultura, para coordenar ações emergenciais e reforçar protocolos de biossegurança.

A peste suína africana está presente em parte da Europa desde 2014, quando foi registrada nos países bálticos e na Polônia, vinda da Rússia. Atualmente, a doença atinge javalis selvagens e, ocasionalmente, suínos domésticos em pelo menos 13 países europeus. O avanço do vírus tem pressionado a cadeia produtiva da carne suína no continente.

Entre as ações adotadas pela Espanha estão a delimitação da zona infectada, a busca ativa por carcaças de javalis, a eliminação controlada desses animais, a proibição temporária da caça para evitar deslocamentos e a intensificação da vigilância em criações de suínos. O governo também reforçou a importância de relatar qualquer suspeita de infecção, seja em animais selvagens ou criados em cativeiro.

As investigações sobre a origem da contaminação foram iniciadas, e os trabalhos de campo continuam. As autoridades sanitárias monitoram a região afetada para evitar a propagação da doença e proteger a produção suína espanhola, uma das principais da União Europeia.

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