MERCADO

Colheita pressiona e preço do algodão recua 5,36% em agosto

Cotonicultores priorizam contratos a termo, e compradores seguem cautelosos diante de vendas fracas no setor têxtil

Algodão
Queda no preço do algodão: colheita e baixa demanda derrubam valor em agosto (foto: Reprodução/Internet)

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O preço do algodão continua em trajetória de queda no Brasil, pressionado pelo avanço da colheita e do beneficiamento da safra 2024/25. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o indicador Cepea/Esalq para a pluma fechou esta terça-feira (26) em R$ 3,9126 por libra-peso, acumulando queda de 5,36% em agosto.

Segundo os pesquisadores, cotonicultores priorizam o cumprimento de contratos a termo, cujos valores negociados no passado estão acima das cotações atuais do mercado spot. Mesmo entre os produtores que disponibilizam volumes no mercado à vista, há maior flexibilidade nas negociações. Porém, os compradores seguem oferecendo valores mais baixos, o que aumenta a pressão sobre os preços e limita a liquidez.

Do lado da demanda, o cenário também não é favorável. Indústrias têxteis mantêm cautela para novas aquisições, diante do enfraquecimento nas vendas do setor. Muitas empresas têm optado por usar estoques próprios ou compras já contratadas, evitando novas negociações no atual patamar de preços. Além disso, há relatos de dificuldades na aprovação de lotes, fator que também restringe o ritmo de comercialização e acentua a queda nas cotações da pluma no mercado interno.

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