O Banco do Brasil anunciou a liberação de R$ 1,2 milhão em crédito para agricultores familiares de cacau na Bahia. A nova linha é voltada especificamente para quilombolas, assentados, indígenas e extrativistas atendidos pelo Pronaf A, programa do governo federal. A medida foi divulgada no primeiro dia da Expocacau 2025, feira voltada à cadeia produtiva do cacau, realizada em Ilhéus, no sul do estado.
O que você precisa saber
- Banco do Brasil libera R$ 1,2 milhão em crédito para agricultores familiares de cacau na Bahia;
- Linha é voltada a quilombolas, assentados, indígenas e extrativistas do Pronaf A;
- Medida foi anunciada durante a Expocacau, em Ilhéus;
- Recursos serão aplicados na compra de mudas, renovação das lavouras e aumento da produtividade;
- Iniciativa visa beneficiar até 25 mil famílias no estado nos próximos anos.
A ação integra a estratégia do Banco do Brasil de ampliar o acesso ao crédito rural por meio do Hub de bioeconomia, já testado em outras regiões do país, como Manaus e Belém, onde mais de 60 mil pessoas foram atendidas e R$ 2 bilhões em crédito foram liberados.
“Temos uma equipe direcionada no local com assistência técnica, agente de crédito e instituições públicas voltada para pequeno e micro agricultor familiar. Começamos com estas famílias, mas a expectativa é alcançar as mais de 25 mil que exploram o cacau na Bahia”, afirmou José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Governo e Sustentabilidade do Banco do Brasil.
De acordo com Josué de Castro, diretor-executivo da Coopermata (Cooperativa de Cacau da Região do Baixo Sul da Bahia), nesta primeira etapa, 24 famílias terão acesso a R$ 52 mil cada uma, totalizando o valor inicial de R$ 1,2 milhão. O recurso será utilizado para a compra de mudas de cacau, renovação das lavouras e manejo das plantações, com foco no aumento da produtividade.
“Nós fazemos a primeira etapa para elevar a produtividade média das lavouras, no mínimo, para 1,2 mil quilos por hectare”, explicou Leandro Santos, diretor-executivo do Ciapra, entidade que representa os pequenos produtores do Baixo Sul, que possuem, em média, 6 hectares plantados. Atualmente, o Ciapra atende cerca de 2.400 famílias e projeta alcançar 5 mil até 2026 e 10 mil até 2030.
“Esse crédito chega no momento em que o produtor precisa de capacidade de adquirir tecnologia, maquinários e técnicas de manejo”, destacou Santos. A expectativa é de que a linha de crédito se torne escalável e seja replicada para atender um número cada vez maior de agricultores familiares na principal região cacaueira do Brasil.
