As exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 14,29 bilhões em agosto de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Ministério da Agricultura. O resultado representa crescimento de 1,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O avanço no volume embarcado, de 5,1% na comparação anual, compensou a queda de 3,4% nos preços médios dos produtos agropecuários exportados no período.
De acordo com o Ministério, houve alta tanto nas cadeias tradicionais, como soja e carnes, quanto em produtos com menor participação nas vendas externas. Alguns itens alcançaram desempenho inédito. A Pasta atribui os resultados à política de diversificação de mercados, que ampliou os destinos habilitados para produtos brasileiros de 58 para 72 entre agosto de 2024 e o mesmo mês deste ano.
O mês de agosto foi marcado pela abertura de 22 novos mercados internacionais. A Pasta informou ainda que, ao longo de 2025, foram realizadas 55 missões internacionais de promoção comercial. Essas ações contribuíram diretamente para a expansão da presença do agronegócio brasileiro no comércio exterior.
Entre os principais produtos, a soja em grão liderou as vendas, com 9,3 milhões de toneladas embarcadas, aumento de 16,2% em volume e receita de US$ 3,88 bilhões, alta de 11%. A carne bovina teve crescimento de 23,5% nas exportações, somando 268 mil toneladas e faturamento de US$ 1,5 bilhão, 56% a mais que em agosto de 2024.
O milho também apresentou desempenho positivo, com 6,8 milhões de toneladas exportadas, alta de 12,9%, e receita de US$ 1,36 bilhão, crescimento de 17%. Segundo o Ministério da Agricultura, esses três produtos foram responsáveis por um acréscimo de US$ 1,12 bilhão no valor total exportado no mês.
Entre os itens de menor peso, o sebo bovino alcançou 64,7 mil toneladas exportadas, 17,2% a mais que no mesmo mês de 2024, com receita de US$ 74,1 milhões, alta de 36,4%. Ambos os números foram recordes mensais. As vendas de feijão também cresceram: 58,4 mil toneladas (+29%) e US$ 49,5 milhões em receita (+27,5%).
Outro destaque foi o óleo de amendoim, cujas exportações triplicaram e chegaram a 13,3 mil toneladas, com faturamento de US$ 20 milhões. O aumento de receita foi de 573,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O produto teve o melhor desempenho mensal da série histórica, conforme os dados da Pasta.
China lidera como maior mercado para o agro brasileiro
A China manteve a posição de principal destino das exportações do agronegócio brasileiro em agosto. As vendas ao país asiático totalizaram US$ 5,12 bilhões, crescimento de 32,9% em relação a agosto de 2024. O país respondeu por 35,8% do total embarcado no mês. A União Europeia foi o segundo principal mercado, com US$ 1,9 bilhão em compras.
O México se destacou entre os países com crescimento expressivo, com US$ 339 milhões em aquisições de produtos agropecuários brasileiros, alta de 91,9%. O Egito também elevou suas compras, totalizando US$ 342 milhões, 14% a mais do que em agosto de 2024, com destaque para o milho. Houve aumento nas exportações para a Índia e Tailândia.


